A principal causa de obstrução urinária na infância é a estenose de JUP (junção uretero-piélica), uma anomalia congênita que prejudica o fluxo da urina dos rins para a bexiga, podendo causar hidronefrose e perda progressiva de função renal. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), esse é um quadro mais comum em meninos, sendo que em até 40% dos casos o comprometimento pode ser bilateral.
A urina produzida nos rins a partir da filtração do sangue é liberada na pelve renal e, em seguida, levada até a bexiga pelos ureteres, dois ductos que têm a função de fazer esse transporte. O paciente com estenose de JUP tem um estreitamento dessa região de transição, em que o ureter se une à pelve renal, dificultando a saída da urina. Trata-se, portanto, de uma patologia anatômica do sistema excretor.
A maior parte dos quadros de estenose de JUP é de origem congênita, ou seja, a criança já nasce com essa alteração anatômica devido a uma malformação da musculatura dessa região ou a uma vascularização anormal. Nesse segundo caso, a formação de vasos sanguíneos que nutrem o rim, em uma posição anormal, podem comprimir a região da junção uretero-piélica, levando ao estreitamento. Porém, há também a estenose de JUP do tipo adquirida, que pode ser uma complicação de cirurgias prévias ou uma consequência de cálculos renais de repetição.
Dado que a estenose de JUP é um quadro primordialmente congênito, seria esperado que pudéssemos fazer algo para evitar o aparecimento desse problema. No entanto, não existe um tipo específico de cuidado para evitar o aparecimento da estenose de JUP, porém, ter bons hábitos de vida e um acompanhamento pré-natal adequado é fundamental para o diagnóstico antenatal dessa doença.
Já os fatores de risco para estenose de JUP adquirida são as cirurgias renais prévias e a recorrência de quadros de litíase, ou seja, pedras nos rins. Por isso, dores lombares e alterações no hábito urinário devem sempre ser investigadas para evitar complicações, assim como também é fundamental manter-se constantemente hidratado.
O diagnóstico da estenose de JUP pode ser dado antes mesmo da criança nascer, visto que em alguns casos é possível identificar a alteração anatômica com um exame de ultrassom já a partir da 28ª semana de gestação. Nesses casos, após a primeira semana de vida, a criança deve realizar um novo ultrassom e, dependendo do grau de comprometimento da estenose, é preciso repetir o procedimento em 30 dias, além de fazer acompanhamento com um urologista.
Porém, casos mais leves e unilaterais podem passar despercebidos no pré-natal e ser diagnosticados algumas semanas ou meses após o nascimento. Nesses casos, a história clínica é importante para guiar a suspeita diagnóstica, principalmente quando os pais relatam que a criança urina pouco, que a urina está avermelhada ou quando há quadros recorrentes de infecção do trato urinário.
Quando o urologista estabelece essa suspeita diagnóstica, deve-se seguir com exames de sangue para avaliar o paciente em sua integralidade, bem como realizar a ultrassonografia para obter a confirmação de alteração anatômica. Em alguns casos específicos, outros exames podem ser solicitados, como a uretrocistografia miccional ou a cintilografia renal dinâmica.
Os sintomas da estenose de JUP variam conforme o grau de estreitamento e se o quadro é uni ou bilateral, mas, de forma geral, o quadro clínico inclui:
Infelizmente, em algumas crianças, essa área nasce estreita, o que indica a anomalia congênita. A Estenose de JUP na infância pode ser identificada durante a ultrassonografia pré-natal, na qual poderá mostrar uma dilatação no rim fetal. Neste caso, a criança não sente qualquer sintoma.
Entretanto, em crianças maiores, a estenose de JUP pode se manifestar através de dor lombar, no abdômen, falhas de crescimento, alterações alimentares, infecções do trato urinário e sangue na urina.
Por isso, a indicação é que seja realizado o tratamento o mais rápido possível. Sempre procure um profissional capacitado para atendê-lo integralmente. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.
O tratamento para a estenose de JUP varia conforme o grau de hidronefrose apresentado pela criança. Nos graus mais leves, em que não existe comprometimento da função renal, pode ser feito somente acompanhamento do paciente, tendo em mente que, em algum momento, teremos que tratar a obstrução. A vantagem do acompanhamento, quando é possível, é que damos à criança a chance de ganhar peso, crescer e tornar um eventual procedimento cirúrgico menos arriscado. No entanto, o tratamento cirúrgico é indicado nos casos de comprometimento progressivo da função renal, quando há episódios de infecção do trato urinário, dor lombar ou formação de cálculos.
A cirurgia que trata a estenose de JUP é a pieloplastia, que pode ser feita da forma tradicional, ou seja, aberta, ou por videolaparoscopia, com ou sem o uso do robô. Atualmente, o uso do robô é a melhor forma de realizar o tratamento da estenose de JUP nas crianças.
A pieloplastia é a cirurgia corretiva da estenose de JUP, cujo objetivo é remover a área de estreitamento e reconstruir a junção ureteropélvica para que a urina volte a fluir normalmente para a bexiga. É um procedimento realizado em ambiente hospitalar, sob anestesia geral, e que requer internação para acompanhamento médico da função renal. É colocado um cateter para drenar a urina do rim e evitar complicações, o qual deve ser removido de 6 a 8 semanas após o procedimento.
Após a alta, é preciso manter uma alta ingestão de líquidos, principalmente água, e evitar esforço físico excessivo por 30 dias.
Como a estenose de JUP dificulta a saída da urina da pelve renal, ela passa a se acumular no rim, estimulando a sua dilatação, de forma que o paciente desenvolve uma hidronefrose. Além disso, por permanecer parada nos rins, a urina torna-se um local propício para a proliferação de microrganismos, aumentando a ocorrência de infecções urinárias e, consequentemente, suas complicações sistêmicas.
Caso o quadro não seja diagnosticado e tratado, a hidronefrose pode evoluir até que os rins percam sua função e entrem em falência.
Ainda que mulheres adultas não sejam as mais propensas a desenvolver esse quadro, a estenose de JUP não compromete a fertilidade.
Profissional extremamente competente, atencioso e principalmente humano no seu atendimento.
Apenas gratidão por toda a atenção e esforço.
Excelente cirurgião recomendo por que a qualidade no ato cirúrgico em hospital do interior ou seja em Piratini, faz a diferença.
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Ótimo médico, pela experiência que tive numa cirurgia de próstata, recomendo a quem estiver em dúvida, obtive um ótimo resultado.
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